ENTREVISTA

O Blog da USE Tatuapé tem a honra de trazer aos seus leitores, esta entrevista com nossa querida Elza Saorin, trabalhadora do Movimento Espírita, atuante na nossa região.

Blog USE: Elza, fale um pouco sobre você.
Elza Saorin: Nasci aqui na Vila Formosa, São Paulo-Capital, onde cresci.  Me especializei em contabilidade, trabalhando sempre na área administrativa em vendas. Católica praticante até 1987, quando por problemas de saúde, conheci a “A. E. Henrique de Castro”, através do Sr Nelson Nascimento e esposa, amigos da minha família.

Blog USE: Como você descreveria sua relação com a Doutrina Espírita.
Elza Saorin: A partir de 1987, comecei a conhecer a Doutrina Espírita e fui me encontrando, tirando duvidas e compreendo melhor a vida. Por volta de 1990, participei do curso Básico de Espiritismo na “S.E.B. Minimos”, isto porque no “HC” não havia cursos na época. Após dois anos de curso, foi criado um grupo às 5ªs feiras no Minimos e continuo neste grupo até hoje. Neste período conheci: Dona Anna Vello e o Sr. Rubens Jordão, que davam o curso. Participávamos eu, Whashington, Zezé, Sérgio Casquel, Alice Casquel, Izildinha Lopes, Dona Catarina, Dona Carmem, D. Marina, Roberta Righetti, Sueli Ramirez, José Alberto Ramirez, Marlene, e tantos outros. Foi neste período que conheci o Sr. Agostinho, que fez muita diferença na minha vida. Mas foi após novembro de 1996, quando minha mãe desencarna, é que comecei a participar mais ativamente do movimento espírita. Entrei para o Coral do Minimos, colaborava nos bazares, nas noites da fogaça e logo fui representar o Minimos na USE Tatuapé. No início muita novidade e tudo muito confuso, mas passados alguns meses gostei do movimento Espírita e aqui estou até hoje. Fui ainda secretaria por três gestões administrativas. Já na USE Tatuapé me envolvi com Sr. Menegueti e Lucilene, participando das feiras do livro na Praça Silvio Romero. Como voluntária, atuei  nas Bienais do Livro, nos Encontros do CDE (lavando pratos), nos congressos da USE Estadual realizados na FEESP e no Itaim Bibi. Fui Secretária na USE Tatuapé por duas gestões.

Blog USE: O que foi que mais lhe motivou ao trabalho com os livros?
Elza Saorin: Enquanto secretaria da USE Tatuapé, como representante na USE Regional São Paulo, adquiri novos conhecimentos e novas amizades. Em 2004, iniciei como voluntária na Biblioteca Fonte de Luz – da USE Estadual onde colaboro até hoje. Em 2003 assumi o Departamento do livro no Henrique de Castro até 2015, e ainda faço parte da equipe deste departamento. E na USE Tatuapé acabei por herdar o cargo do Sr Meneguetti. E na sede da USE em Santana, estou sempre que possível colaborando com tudo: Congressos, CA, CDE, Regional, Encontros, livraria.
A doutrina Espírita para mim é aprendizado, esclarecimento sempre, a cada dia no contato com livros, palestras, estudos e mesmo em reuniões administrativas, você sente que está progredindo na convivência, no respeito, na igualdade, moralmente etc...

Blog USE: Qual sua sugestão para que tenhamos acesso ao Clube do Livro Espírita?
Elza Saorin: Para ter acesso ao Clube do Livro, em primeiro lugar você precisa saber que ele existe, e a melhor maneira é os dirigentes de reuniões, principalmente as públicas, divulgarem, mostrar os livros, quando leu, comentar o assunto.
Nosso clube do livro é bimestral, sempre entregamos nos meses pares; fevereiro, abril, junho, agosto, outubro e dezembro. Sugerimos para as casas não terem problemas, combinar com os sócios pagarem antecipado: paga no mês impar e recebe no par ou ainda quando pede para entrar no clube do livro já paga o primeiro e quando recebe o livro paga o próximo, desta forma não ficamos com livros parados sem receber.
Não esquecer que compramos adiantados os livros, normalmente no mês impar, portanto se houver desistência ou inclusão de sócios avisarem imediatamente por fone, email, mensagem.
Entregamos sempre na última terça feira dos meses pares (na reunião da USE Tatuapé) Só antecipamos a do mês de dezembro, porque alguns sócios viajam e gostam de levarem o livro novo. Entregaremos agora em Novembro, juntamente com as Agendas para quem solicitou.

Blog USE: Qual a sua orientação para aqueles que quiserem se envolver mais com os trabalhos da casa espírita?
Elza Saorin: Minha sugestão para quem gostaria de trabalhar nas casas Espíritas: é se envolver com as atividades que tem na casa, por menor que seja, e aos poucos ir conhecendo como funciona, e estudando a doutrina, participando das reuniões administrativas, para saber quais os compromissos da casa e com o movimento espírita, participando de eventos da casa e do movimento. Falando assim parece muita coisa, não digo para ir a tudo de uma vez, mas aos poucos vai conhecendo, para não ficar restrito somente na casa e assim surgirá o que mais gostaria de fazer. E quando assumir algum cargo saberá dos seus compromissos e deveres.


Blog USE: Agradecemos à Elza a simpatia e simplicidade dedicados, ao conceder-nos esta entrevista.

Passe em animais
Pinga Fogo

Entrevista com Richard Simonetti
richardsimonetti@uol.com.br
01/11/2015

1. Uma reportagem de TV apresentou um Centro Espírita especializado na aplicação de passes em cachorros. É possível proporcionar aos animais esse tipo de benefício?
Posso falar de minha experiência pessoal. Aplico passes em dois cães de minha casa, com bons resultados. São receptivos ao passe, tanto quanto o são à homeopatia, que guarda alguma similitude. Passes e medicamentos homeopáticos trabalham com energias.

2. Em O Livro dos Médiuns, Erasto, um dos mentores da Codificação, relata que um homem magnetizou seu cão, com resultado danoso. O animal morreu em decorrência de uma intoxicação magnética.
Erasto reportava-se à possibilidade de magnetizar os animais para funcionarem como médiuns, não à aplicação de passes para tratar deles. São ações distintas. Conforme destaca Kardec, em O Livro dos Médiuns, animais não funcionam como médiuns, porém são sensíveis às nossas vibrações.

3. Sendo os animais de natureza diferente do homem, o princípio espiritual que os anima não se mostraria refratário ao magnetismo humano?

Em princípio, a natureza é a mesma. Todos os seres vivos possuem um princípio vital, originário do fluido cósmico universal, como explica a questão 66, de O Livro dos Espíritos. Parece-me, portanto, que são sensíveis à aplicação do passe magnético.

4. Assim considerando, poderíamos aplicar passes em qualquer ser vivo, em um vegetal, por exemplo?
Sem dúvida. Ouvimos dizer de gente que tem mão boa para plantas. Elas tornam-se viçosas sob seus cuidados. Geralmente essas pessoas costumam conversar com elas, de forma carinhosa, numa forma de envolvê-las em suave magnetismo, que as fortalece como se fosse um passe.

5. Não há muito de fantasia em torno do assunto?
Se nos dermos ao trabalho de pesquisar verificaremos que há evidências respeitáveis dessa possibilidade. No livro A Vida Secreta das Plantas, de Peter Tompkins e Christopher Bird, temos o relato de surpreendentes resultados obtidos por pesquisadores que tornavam produtivas culturas em terrenos pobres, a partir de trabalhos de irradiação sobre as plantas. No mesmo livro temos as notáveis experiências de Clive Baxter sobre a sensibilidade das plantas.

6. Há alguma referência em obras espíritas que justifiquem o passe em animais?
No livro Conduta Espírita, psicografia de Waldo Vieira, publicado pela Federação Espírita Brasileira, há a seguinte observação de André Luiz: No socorro aos animais doentes, usar os recursos terapêuticos possíveis, sem desprezar mesmo aqueles de natureza mediúnica que aplique a seu próprio favor. Razoável admitir que tais recursos incluem o passe magnético.

7. O que significa a expressão mediunidade zoológica?
É como Herculano Pires, o grande pensador espírita, define médiuns que, sob a direção de Espíritos especializados, cuidam de animais enfermos. No livro Mediunidade, Vida e Comunicação, ele oferece alguns exemplos de animais curados por esses médiuns, cujo principal recurso terapêutico é o passe.

8. Diante da possibilidade de ajuda efetiva aos animais, seria razoável disseminar-se a prática de atendê-los com o passe magnético no Centro Espírita?
Parece-me ser mais importante preparar os frequentadores do Centro para que atendam eles próprios, espiritualmente, seus bichinhos de estimação. Um bom ambiente no lar, a partir da vivência evangélica e a oração quando necessário é o que de melhor podemos fazer por eles.

Esta entrevista foi publicada pela RIE de Novembro/2015. Veja o site:



A USE TATUAPÉ ENTREVISTA:

Este mês apresentamos entrevista com o vice-presidente da USE Distrital TATUAPÉ, Adonay Fernandes de Andrade, trabalhador incansável no meio espírita, grande colaborador da USE, exercendo várias atividades também nas funções de 2º tesoureiro da USE-Estadual São Paulo na gestão 2009-2012, e administrador da ADELER – Associação dos Editores de Livros Espíritas, além de contribuir nas atividades da SEB Mínimos na Vila Formosa. 

USE – Adonay, conte-nos sobre a sua participação no Movimento Espírita, e no Movimento das Mocidades Espíritas do Tatuapé e Arredores. Quais foram os fatos mais importantes, mais marcantes, e que lhe trouxeram maior satisfação?

Adonay – Desde criança, meus pais incentivaram muito para que eu e meus irmãos participássemos das atividades da Casa Espírita. Assim, comecei quando denominavam “Aulas de Moral Cristã”. Aos 12 anos eu estava ansioso para ir para a Mocidade, mas o interessante é que eu nem sabia o que era, mas ouvia as pessoas falando de Mocidade com tanta empolgação que eu queria também ir. Porém só comecei aos 17 anos. Com a integração da Mocidade no movimento de Unificação, comecei a participar de alguns eventos, como Manhãs Confraternativas e Semana do Jovem Espírita do Tatuapé (SEJEST) pela 17ª União Distrital Espírita (UDE) hoje União das Sociedades Espíritas (USE) do Tatuapé, e logo em seguida dos eventos da COMECAP, COMELESP e COMJESP. Comecei timidamente como simples observador e aos poucos passei a colaborar na Mocidade que frequentava, auxiliando na organização de atividades. Quando percebi já estava organizando e participando mais ativamente, inclusive como diretor do Depto. Mocidades da USE-Tatuapé, por duas gestões. Na SEJEST, participei ora como expositor, ora como apresentador, ora atuando em atividades artísticas, ou mesmo em sua infraestrutura e organização.

No movimento de Unificação ainda fui diretor do Depto. de Mocidades da USE-Regional São Paulo e auxiliando no Depto. Mocidades da USE-Estadual. Paralelamente, em certo período fui diretor do Depto. do Livro da USE-Tatuapé.

Somando-se aí eu trabalhava durante o dia, fazia faculdade a noite (na zona sul da cidade) e até namorava...

A minha participação no Movimento de Unificação, aliado com a participação na Mocidade, foram os melhores anos da minha vida, que levarei como grande carinho em minhas lembranças.

USE – Sabemos que a SEJEST é destaque entre os eventos realizados, sendo comentada com intensa vibração por todos nós, jovens e adultos. Como ela surgiu? Como ela evoluiu desde a sua criação e quais detalhes você aponta como mais impactantes no Movimento Espírita?

Adonay – Em 20 de Julho de 1969, Neil Armstrong dava os primeiros passos na Lua e se tornava o primeiro ser humano da história a pisar em um corpo fora da Terra. Enquanto isto por aqui, no dia 21 de julho o jovem João Roberto Righetti (na época frequentador da Mocidade Estrela da Paz) realizava na sede do Grupo Espírita Irmã Clementina, a primeira palestra da 1ª SEJEST, que surgiu com o nome “Semana das Mocidades Espíritas do Bairro do Tatuapé”, na data de  21 a 26 de julho.Também fizeram palestras nesta semana pioneira os jovens: Ivone Biela, Therezinha Santos, João Rosa Oliveira e Agostinho Andreoletti. Desde então, chegando agora em 2012 a 44 edições de forma ininterrupta.

A SEJEST se destaca pela atuação do jovem apresentando-se em local normalmente diferente de sua sede, mostrando seu trabalho na doutrina, artisticamente e de coordenação. Sempre houve esta interação onde os adultos apóiam e participam com os jovens. É comum ver várias pessoas com mais idade recordar-se dos tempos em que também se dedicavam a este evento. Pouca coisa mudou apenas algumas adaptações. Em vários anos havia passeios confraternativos no domingo, último dia do evento. Mais recente incluiu-se um lanchinho aconchegante após as palestras.

USE – Qual a sua recomendação às casas espíritas que desejam implantar, aperfeiçoar ou mesmo intensificar a participação do jovem espírita?

Adonay – As diretorias das casas espíritas jamais deveriam se esquecer de criar mecanismos de participação das crianças e dos jovens no seu meio. Esta preocupação vai além do futuro do centro espírita, passando por toda nossa sociedade. Um trabalho bem estruturado como este irá encaminhá-los para uma vida mais saudável e fraterna. Nas atividades da casa espírita, o jovem deve ser lembrado também no momento de dar sua opinião e decisão, dando oportunidade para um trabalho conjunto. Gostaria de alertar também os pais a encorajar e incentivar mais seus filhos a frequentar a casa espírita. Lembrarem-se daquela advertência: “O que fizeste dos filhos que lhe confiei?”

USE – Suas considerações finais.

Adonay - Fico muito feliz e agradecido por me convidarem a expressar sobre este momento tão importante da vida de um ser humano, que é a juventude.  É uma fase difícil, mas ao mesmo tempo estimulante para o crescimento espiritual. Ao ver hoje, diversos diretores espíritas que tiveram a felicidade de participar de uma Mocidade lembrar-se destes momentos com uma gostosa saudade, é porque foi uma fase muito importante. Finalmente,  que possamos apoiar estes jovens que estão participando desta 44ª SEJEST.
Meu fraternal  abraço e votos de muita Paz a todos, independente da idade.